in loco

Sunday, July 08, 2007

Chávez X Iglesia


Como não pode deixar de ser assunto, o presidente venezuelano Hugo Chávez inicia a semana com mais uma polêmica. Uma “calliente” briga com os bispos da Igreja Católica Venezuelana.
No documento intitulado Exhortación Pastoral, os bispos venezuelanos, perdendo toda compostura diplomática que são comuns aos religiosos católicos, apresentam um pronunciamento no qual dissertando sobre os problemas sociais do país como a pobreza, o desemprego, a carência nos hospitais, e a violência “que no país tem crescido exageradamente” e, relembrando, as manifestações populares sobre a negativa do presidente em renovar a concessão do canal de televisão da RCTV, que identifica como “uno de los más importantes canales de televisión del país”, os religiosos criticam ferozmente o Governo, alertando a população sobre as mudanças que o Executivo Nacional deseja introduzir: “ o socialismo do século XXI”, o qual, pelas declarações Chavinianas, como “Patria, socialismo o muerte” lhes remete a teoria marxista-lenista.
O documento reforça as inúmeras manifestações estudantis que vem ocorrendo no País, exigindo do governante o direito à liberdade de expressão, de opinião e de informação. Denuncia o projeto de Lei de Educação que dentre outras deficiências tenta imputar uma única orientação política e ideológica aos estudantes, o que afetaria gravemente seus direitos e deveres, assim como, sua consciência política.
Hugo Chávez é criticado por utilizar-se de medidas populistas para conseguir atrair apoio popular, sendo seu governo praticante do clientelismo político, não aproveitando os recursos provenientes do abundante petróleo para solucionar as graves deficiências estruturais de seu país.
O documento Exhortación Pastoral irritou o presidente venezuelano que, em discurso, afirmou que os bispos “mentem, com a cara bem lavada”, e que deveriam rezar 100 padrenossos e 100 avemarias, como penitência. O Presidente venezuelano ainda lembrou que para se alterar a Constituição, no caso de uma mudança de regime, seria necessário um referendo nacional.

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